sexta-feira, 17 de junho de 2011

Continuação do diagnóstico

A região, na maior parte do tempo, fica sob a ação da massade ar Tropical Atlântica, controlada pelo anticiclone subtropical semipermanente do Atlântico Sul. No centro desta massa, a temperatura é extremamente homogênea e permanente. Nos bordos ocidentais, porém, os quais atingem a costa, devido justamente à influência continental, à corrente do Brasil e a outras influências locais, a camada inferior é instabilizada, sobretudo no verão, ao estender-se o anticiclone tropical sobre todo o continente, com elevadas temperaturas provocadas pela alta insolação. Perturbações pela invasão da massa de ar Polar Atlântica resultante da circulação meridiana. Esta massa origina-se abaixo de 40° de latitude Sul, e o ar constituinte é mais frio que o continente em qualquer época do ano. O contato dessa massa de ar com a massa Tropical Atlântica forma a Frente Polar Atlântica, em latitudes da ordem de 35° Sul. O avanço desta frente para o norte, até cerca de 10°S no inverno e 20°S no verão, provoca as conhecidas perturbações, cuja passagem pela região da bacia caracteriza-se por fortes precipitações da serra do Mar. Na região do baixo curso do Ribeira de Iguape, é mais raro a frente permanecer estacionária no litoral Sul do Estado de São Paulo do que no litoral Norte, sendo que, normalmente, estas perturbações têm curta duração.Imagem 10.Região: Área em Vermelho. Direção média dos ventos no estado de São Paulo, Fonte: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, s/d.

Características Geotécnicas da Área escolhida para a realização da Restauração:

6- Descrição do solo:
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DO PERFIL DO SÓLO
Descrito e coletado por:Caroline Brito Vilela
Classificação do solo provável:Argissolo
Localização:Brasil, São Paulo; Eldorado/Iporanga (SP-163), Quilombo Pedro Cubas de baixo (10 km)
Data:21/05/2011
Uso Atual:Recuperação do Ecossistema Degradado
Relevo Geral: Planície
Pedregosidade:Não
Rochosidade: Não
Erosão: Não
Vegetação:Floresta Ombrófila Densa (FOD)
Situação:Mata Ciliar, Área de Preservação Permanente (APP).Tabela anexo.
Fontes de Poluição
Cargas poluidoras de origem doméstica
O levantamento de campo, junto as prefeituras e SABESP evidenciou a precariedade das informações.
Situação dos sistemas de esgotos domésticos : tabela 3
Tabela 3.Fonte: Dados fornecidos pelos próprios município na pesquisa de campo.

Situação dos resíduos sólidos gerados quanto à quantidade de resíduos .Gráfico 2
Gráfico 2

Resíduos Sólidos
No ano de 1995 a Fundação SEADE, por meio da Pesquisa Municipal Unificada, e a CETESB, nos anos de 1995/97, levantaram a situação da coleta dos resíduos sólidos nos municípios paulistas.Tabela 4

Tabela 4. Fonte: Fundação SEADE/ CETESB
SANEAMENTO E SAÚDE PÚBLICA
Água e Esgoto
Água
Na comparação com o Estado de São Paulo temos para a região uma perda menor de água no abastecimento público. Na maioria das cidades as perdas situam-se entre 25% e 45%. As situações mais críticas encontram-se nos municípios de Registro, Tapiraí, Juquiá, Miracatu, Itariri, Pedro de Toledo e Cajati, todos com perdas superiores a 35%. Com reservas foram anotadas perdas inferiores a 10% nos municípios de Itaóca, Eldorado, Iguape, São Lourenço e Cajati, com dados fornecidos pela SABESP.
Um quadro positivo é apresentado com relação ao tratamento da água captada regionalmente, registrando-se que em todos os municípios há tratamento tanto
da água superficial como subterrânea captada.
Qualidade da água: Ver tabela 5
 N1 – todas as amostras analisadas atenderam aos padrões de potabilidade
 da Portaria Federal 36GM/90 e da Resolução Estadual SS293/96;
 N2 – pelo menos 70% das amostras atendeu aos padrões de potabilidade
 N3 – menos de 70% das amostras atendeu aos padrões de potabilidade.

Tabela 5. Fonte: PROÁGUA NR – Análise não realizada

Esgoto: Nos municípios servidos com tratamento de esgoto, destacou-se a lagoa de estabilização. Esse tratamento consiste na formação de uma lagoa contendo água residual bruta ou tratada em que ocorre estabilização anaeróbica e/ou aeróbica. Entretanto, municípios como Apiaí, Barra do Chapéu, Itaóca, Ribeira, Iguape, Juquitiba e São Lourenço da Serra, lançam seus efluentes não tratados, diretamente nos cursos d’água.

Dados Demográficos:
Ribeira de Iguape e Litoral Sul: apresentaram um volume populacional pequeno nas três datas consideradas,1980,1991 e 1996. Esses municípios não tiveram sua população com valores superiores a 30.000 habitantes, com exceção de Registro, que teve pouco mais de 49.000 pessoas em 1996.

Etimologia
Imagem11. Bandeira de Eldorado, SP.
Imagem 12. Brasão de Eldorado, SP.
Fundação: 10 de março de 1845 (166 anos)
Gentílico: Eldoradense
Prefeito: Antônio Donizete de Oliveira (2009-2012)
Divisão Administrativa:Eldorado-sede, Braço e Itapeúna
CEP:11960-000
DDD: 13
Densidade: 8,84 hab./Km2
Unidade Federativa: São Paulo
Fuso Horário- UTC-3
IDH:0,733médio PNUD/2000
PIB:$ 90103,760 mil IBGE/2008
PIB PER CAPITA: $ 6218,34 IBGE/2008
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 19,12
Expectativa de vida (anos): 69,57
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 3,50
Taxa de Alfabetização: 85,65%
Características: Município Estância Turística do Vale do Ribeira, Eldorado possui 70% de seu território ocupados por Unidades de Conservação- APA’S( Áreas de Proteção Ambiental) ou Parques Estaduais (Parque Estadual do Jacupiranga e Parque Estadual Intervales).É Reserva da Biosfera do Patrimônio Mundial desde 1993 e o quarto maior do Estado de São Paulo.Oferece rica fauna e flora, ribeirões, rios e cachoeiras mas, sem dúvida, a grande atração do Município é a Caverna do Diabo. Seu nome faz uma alusão às grandes riquezas existentes em seu subsolo. Sua padroeira é Nossa Senhora da Guia.
História:Antiga aldeia denominada Xiririca (águas correntes), a região do Município começou a ser povoado pelos exploradores de ouro que garimpavam seus ricos ribeirões, por volta de 1750. Em 1763 Xiririca foi elevada à categoria de Freguesia e em 1807 foi mudada para o local atual. Em 1842 foi elevada a Vila e em 1895 a Cidade. Em 1948 seu nome foi mudado para Eldorado. Em 1995 foi elevado à categoria de Estância Turística.
Na década de 1960 foi construída a BR-116 alterando as formas de ocupação na região e incorporando-a ao mercado imobiliário com a valorização de suas terras. A região da bacia do Rio Ribeira frente à economia do Estado de São Paulo, mesmo tendo em sua área dois municípios que iniciaram a ocupação do território paulista (Cananéia, em 1501 e Iguape, em 1538), continua com a mais baixa densidade populacional do estado de São Paulo e permanece à parte dos processos de desenvolvimento da economia paulista.
O Vale do Ribeira permanece pouco habitado e mantém parte do seu ambiente natural preservado. Nele, a história ficou gravada em remanescentes de quilombos; nos desvios dos rios pelos jesuítas na busca por ouro; nas minas subterrâneas com seus labirintos a percorrer o interior da terra, nos monumentos importantes das épocas áureas do ciclo do ouro e da cultura da erva-mate, do arroz e do chá. O complexo rizicultor escravista do Vale do Ribeira paulista teve decadência concomitante à do Vale do Paraíba, entretanto a crise foi mais grave em razão da dificuldade de transportes.
Economia:
Logística :As principais rodovias que cortam a região do Vale do Ribeira são a BR-116 (Rodovia Régis Bittencourt), ligando São Paulo à Curitiba e a SP-250, que dá acesso ao Alto Vale. No setor Ferroviário, tem-se a ferrovia Santos-Juquiá, que é usada para o transporte de cargas, além da ferrovia Santos-Jundiaí e ferrovia Apiaí-Itapeva, que são destinadas para o transporte de cargas e passageiros. O município de Registro conta com um aeroporto municipal e é o município-sede da região do Vale do Ribeira que centraliza diversas atividades econômicas e órgãos estaduais responsáveis pelo planejamento, assim como pela administração regional .
Quanto à situação de investimentos na agricultura, primeiramente são apontados sérios problemas com as duas principais culturas da região: a banana e o chá preto. O Vale do Ribeira tem presenciado a saída, ou o abandono, das culturas de banana pelos grandes proprietários, que não pretendem resistir à concorrência que vem se acentuando nos últimos anos.
Comunidade Pedro Cubas de baixo:
O início da ocupação das terras banhadas pelo Rio Pedro Cubas deve-se a Gregório Marinho, escravo da fazenda Caiacanga, de propriedade de Miguel Antônio Jorge, que era filho de um comprador de escravos, que viveu no século XVIII. Da fazenda de Miguel Antônio Jorge, vários escravos fugiram, um deles foi Gregório Marinho.
A família Marinho aparece como um dos fundadores, tanto de Ivaporunduva, como de Pedro Cubas. Quando Gregório Marinho batizou sua filha Rosa, em 1849, ele se encontrava residente no Córrego Mundéo, em Ivaporunduva. Já no ano de 1856, ele registrava um sítio em Pedro Cubas, cujas divisas encontravam-se com as terras de Manuel Antônio Jorge e com as de Manoel Antunes de Almeida.
O acesso à estrada para a comunidade de Pedro Cubas fica no quilômetro 96 da Estrada Eldorado/Iporanga (SP-163), depois de atravessar de balsa o Rio Ribeira de Iguape, no município de Eldorado (SP). A comunidade é formada por dois núcleos, Pedro Cubas de Cima, localizada no Km13, e Pedro Cubas de Baixo, no Km 10.
Pedro Cubas é formado por 59 famílias, totalizando 222 pessoas. Quase metade dessa população tem até 15 anos. Por volta de 10% tem mais de 60 anos. A grande maioria cursou as primeiras séries do Ensino Fundamental, disponível na escola da comunidade e na vizinha Batatal. O acesso ao Ensino Médio é dificultado pela distância e dificuldade de transporte. Apenas uma pessoa tem Ensino Superior completo e outra está cursando. O analfabetismo atinge principalmente as pessoas com mais de 50 anos, que tiveram ainda menos acesso à educação que a atual geração de jovens.
O artesanato, principalmente bijuterias de semente, é uma atividade complementar de renda. Também é feito o artesanato tradicional de apás e peneiras de taquara de lixa e taquaruçu, esteiras de taboa, principalmente para uso próprio e, em alguns casos, para comércio.
A roça, realizada de modo tradicional, é a principal atividade de subsistência dessas famílias. Nela se planta de modo consorciado a macaxeira (mandioca mansa) em suas variedades mata-fome (amarela, roxa, branca e de fritura), feijão, milho, abóbora, pepino, taioba, banana, batata roxa, cará, cará de espinho, inhame, mangarito e cana de açúcar.
A Constituição de 1988, reconhecendo o direito às comunidades remanescentes de quilombos às terras tradicionalmente ocupadas, trouxe esperança para as famílias que permaneceram na terra e também para aquelas que saíram, de ter seu direito garantido.
Veja abaixo a situação da regularização das terras dos quilombos no Estado de São Paulo, segundo o Instituto de Terras do Estado de São Paulo - Itesp.Tabela 6
Tabela 6

Área Escolhida: Imagens 13, 14, 15, 16 3 17.
A área escolhida encontra-se em uma APP de Mata Ciliar. Anteriormente utilizada para pastagem, porém nesta, ja foi realizada uma tentativa de recuperação ,porém não obtiveram sucesso pela taxa de mortalidade de plântulas.Não ha evidências de erosão.
Monitoramento da área:
IMPLANTAÇÃO
-Construção de cerca para o isolamento de animais invasores
-Controle de formigas pré plantio através de Iscas
-Combate de plantas invasoras
-Capina manual
-marcação de covas (3x2)
-coveamento
-Calagem
-Adubação NPK (10-10-10)
-Plantio manual de espécies retiradas do fragmento  próximo com diversidade genética e climatizadas
-Distribuição das mudas (segue modelo)
-Irrigação com gel
-Nucleação:
Serão utilizadas práticas de nucleação, em que se entende a capacidade que uma espécie tem de melhorar significativamente, o ambiente facilitando a ocupação dessa área por outras espécies (YARRANTON & MORRISON, 1974). Assim a partir de ilhas de vegetação ou núcleos, a vegetação secundária se expande ao longo do tempo e acelera o processo de sucessão natural na área degradada (MARTINS, 2007).
Tais como:
Resgate de mudas das áreas vizinhas – plântulas de áreas vizinhas serão coletadas e plantadas de forma a criar grupos de árvores ou arbustos.
O plantio dessas mudas pode ser realizado de diversas formas no que diz a respeito da disposição das mudas em campo. A forma de plantio que será realizada neste trabalho é o de espécie pioneira e não pioneira sendo plantadas no espaçamento de 2x3 m.
MILLER (1978) e WINTERHALDER (1996) sugeriram que a capacidade de nucleação de algumas plantas pioneiras é de fundamental importância para processos de revegetação de áreas degradadas. ROBINSON & HANDEL (1993) aplicaram a teoria da nucleação em restauração ambiental e concluíram que os núcleos promovem o incremento do processo sucessional, introduzindo novos elementos na paisagem, principalmente, se a introdução dessas espécies somar à capacidade de atração de aves dispersoras de sementes.

Transposição de solo – nas áreas adjacentes é coletado porções do solo+serrapilheira para serem transpostas nas clareiras. Coletadas porções a uma profundidade de 3 a 5 cm mais a serrapilheira.
 Compondo o conjunto de materiais que recobre o solo das formações florestais incluindo folhas, frutos, sementes e outros componentes vegetais assim como eventualmente exemplares de insetos e outros organismos; atua como um sistema de entrada e saída, recebendo entradas via vegetação e, por sua vez, decompondo-se e suprindo o solo e as raízes com nutrientes e com matéria orgânica.
Esta serapilheira também será colocada no “berço” onde posteriormente serão depositadas as plântulas, para melhor aeração e desenvolvimento das raízes, pois já foi verificado anteriormente, que na área onde a restauração será realizada houve grande mortalidade de mudas pela compactação do sólo.
Enleiramento de galhada – formação de pilhas de resíduo florestal (galhos, tocos, caules, etc.).
Coletor de “chuva de sementes”- Um procedimento que poderá contribuir com a diversificação de espécies em trabalhos de recuperação é a coleta de “chuva-de-sementes”.
Poleiros artificiais – os poleiros serão confeccionados utilizando galhos secos com cerca de cinco metros de altura coletados na vegetação vizinha. Diversos grupos de animais possuem o hábito de pousar sobre determinadas superfícies, como por exemplo, poleiros. Este hábito está relacionado ao comportamento de repouso assim como as atividades de alimentação, demarcação de território, entre outras, onde os animais defecam assim contribuindo para o crescimento de árvores através das sementes já processadas.
Plantios de mudas de espécies “bagueiras”- Reis et al. (1999) constataram que o etnoconhecimento, principalmente de caçadores, mostra que algumas plantas, de forma especial, quando frutificadas, exercem uma grande atração sobre a fauna, pois atraem tanto os animais que vêm se alimentar de seus frutos como aqueles que as utilizam para predar outros animais. Essas plantas são denominadas de bagueiras.
Os autores citados sugeriram que as plantas bagueiras, ou seja, aquelas que são capazes de atrair uma fauna diversificada devem ser utilizadas como promotoras de encontros interespecíficos dentro de áreas degradadas, exercendo, no contexto aqui tratado, o papel de nucleadoras.
Estas técnicas têm em comum o fato de, além de normalmente representarem um processo ecológico serem procedimentos de baixo custo, pois utilizam materiais comumente de fácil acesso e obtenção. Outro aspecto positivo a ser realçado é a possibilidade de aplicação dessas técnicas em pequenas áreas, tal como pequenas propriedades. É importante ressaltar que essas técnicas poderão ser empregadas de maneira conjunta dependendo do contexto. A vantagem advinda dessa combinação é que diferentes métodos costumam trazer grupos de espécies distintos para a área, beneficiando o processo (ARAUJO F. C. et al)

MANUTENÇÃO (durante 2 anos)
-Controle de formigas pós plantio(isca kg).
-Adubação de cobertura manual (20-0-20)
-Replantio de 10% das mudas perdidas do plantio
-Coveamento
-limpeza da área
-Analisar Indicadores: abertura de dossel, regeneração natural,banco de sementes,produção de serrapilheira, chuva de sementes (coletores)
Neste trabalho de restauração ecolígica em área de preservação permanente, mata ciliar. Onde Restaurar matas ciliares é restaurar a integridade ecológica dos ecossistemas, sua biodiversidade e sua estabilidade, onde se deve assumir a difícil tarefa de reconstruir as complexas interações de uma comunidade florestal permitindo sua auto-perpetuação local (RODRIGUES & GANDOLFI, 2004). O sucesso para restauração destas matas esta no restabelecimento dos processos ecológicos, responsáveis pela reconstrução gradual da floresta e esse restabelecimento depende da presença de uma grande diversidade de espécies regionais, envolvendo não só o estrato arbóreo, mas sim os diferentes grupos que compõe a flora e suas interações com a fauna.
Modelo
Modelo que intercala linhas de pioneiras no espaçamento de 2X3m com linhas de secundárias e de clímaxicas, ambas com espaçamento 4X5m
Total da área: ½ hectare
85X50m= 4250m2
Total de indivíduos: 709 indivíduos, que estarão divididos em 80 espécies na distribuição: 20% espécies zoocórica, 5% espécies ameaçadas, 45% espécies pioneiras e 30% espécies não pioneiras, segunda a resolução SMA 58.

 Imagem 13. Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11
Imagem 14.Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11
Imagem 15. Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11
Imagem 16. Foto tirada por : Caroline Brito Vilela, 21/05/2011.Área 1.
Imagem 17.Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11
 Imagem 18. Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11.Área II.

Flora atual:
Aroeira 15 Indivíduos
Assa peixe 130 indiv.
Erythrina 9 indiv.
Marica 8 indiv.
Araça 10 indiv.
Inga 28 indiv.
Jacarandá 28 indiv.
Melastomataceae Pixirica 35 indiv.
Pau cigarra 6 indiv.
Goiaba 17 indiv.
Manacá 1 indiv.
Embauba 1 indiv.
Ceathea 7 indiv.
Bambu 1 indiv.
Myrtaceae 1 indiv.
Açoita cavalo 5 indiv.

Fauna:
-microorganismos vivos
-Dentre os Hymenoptera parasitóides, os Braconidae são ecologicamente importantes, pois além de serem agentes reguladores de diversos grupos de insetos herbívoros (a comunidade mais abundante e diversa da maioria dos ecossistemas), servem como indicadores da presença ou ausência destas populações (MATTHEWS 1974; LASALLE 1993). No plano econômico, o grupo oferece alternativas para o controle de insetos-praga para a agricultura através de inimigos naturais minimizando o uso de agroquímicos (GONÇALEZ & RUÍZ 2000).
-Aves
-Possíveis animais dos fragmentos próximos da área degradada.








Diagnóstico Ambiental(Continuação) Anexos

Tabela 1

Imagem 2


 
Imagem 3



Imagem 4

Tabela 2. Fonte: Aptidão Agrícola das Terras/Potencial Extrativo - Macrozoneamento do Vale do  Ribeira,SMA/1996


Gráfico 1.Pluviosidade média anual obtidas com uma série de 30 anos – 1970 a 1996.


Imagem 5. Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11


Tabela Descrição Morfológica do Perfil do sólo

Tabela com número de famílias de Pedro Cubas




Imagem 6.Região: Área em Vermelho .Temperaturas (°C) médias predominantes no mês de julho no Estado de São Paulo. Fonte: INMET, 1992.




Imagem 7.Região: Área em Vermelho. Temperaturas (°C) médias predominantes no mês de Dezembro no Estado de São Paulo. Fonte: INMET, 1992

Tabela 3.Fonte: Dados fornecidos pelos próprios município na pesquisa de campo


                                                          Tabela 5. Fonte: PROÁGUA NR – Análise não realizada



  Tabela 4. Fonte: Fundação SEADE/ CETESB


Imagem 9. Região: Área em Vermelho. Valores de Umidade Relativa do ar (%) registrados no mês de dezembro no estado de São Paulo, Fonte: INMET, 1992.



Imagem 8.Região: Área em Vermelho. Valores de Umidade Relativa do ar (%) registrados no mês de julho


Imagem 10.Região: Área em Vermelho. Direção média dos ventos no estado de São Paulo, Fonte: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, s/d.

                 Situação dos resíduos sólidos gerados quanto à quantidade de resíduos .Gráfico 2

Gráfico 2




Imagem11. Bandeira de Eldorado, SP



                                                  Imagem 12. Brasão de Eldorado, SP.


Imagem 15. Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11


Imagem 16. Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11


                                Imagem 17. Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11


Imagem 18. Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11

Imagem 19. Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11, ÁREA II

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Diagnóstico Ambiental

Diagnóstico Ambiental
Bacia hidrográfica do Ribeira de Iguape: imagem 1

Caracterização: A região oferece uma diversidade de ambientes terrestres e aquáticos, envolvendo extensas áreas de relevo serrano, com fortes declividades e várzeas encaixadas e um setor composto por planícies costeiras, manguezais, terraços marinhos e fluviais, com destaque para o complexo estuarino-lagunar de Iguape-Cananéia. A região embora considerada como das menos desenvolvidas do Estado de São Paulo e baixos índices populacionais é a mais rica em recursos naturais, possuindo terras apropriadas para alguns cultivos, recursos minerais relativamente abundantes e extensas áreas com vegetação natural intacta ou pouco modificada pelo homem, das quais grande parte são protegidas por legislação.
O Rio Ribeira, tem as suas cabeceiras localizadas no topo do planalto, onde ocorre forte pluviosidade e densa cobertura vegetal. No seu curso médio e alto é um típico rio de planalto, apresentando perfil longitudinal e bacia com características morfológicas bastante acidentadas, com vales encaixados e uma declividades média muito elevada. No seu curso inferior, a jusante de Eldorado, após receber o Juquiá, o Ribeira de Iguape passa a apresentar um gradiente bastante suavizado, constituindo um típico rio de planície, quando o seu curso abre-se em larga extensão, assumindo padrão meandrante, deixando inúmeros lagos de barragem e meandros abandonados.

Enquadramento dos Corpos d’água da Bacia:

 Águas destinadas :
- Ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;
- À proteção das comunidades aquáticas;
- À recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho)
- À irrigação de hortaliças e plantas frutíferas;
- À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação
humana.

Corpos d’água enquadrados:
Todos, exceto os alhures classificados.

Rio Ribeira de Iguape e seus Afluentes:

-Único grande rio do Estado de São Paulo que corre diretamente para o oceano
-Alcançando altitudes maiores de 1.000 metros e com áreas de alta declividade
-Rio que divide o Município ao meio, no sentido de oeste para leste, possui diversos afluentes.Oferece praias de setembro à maio.Propicio à pesca e à canoagem.
-Rios Afluentes:
-Rio das Ostras: afluente do Rio Ribeira do Iguape, responsável pela formação da caverna do Diabo;
-Rio Taquari: Afluente do Rio Ribeira do Iguape
-Rio Batatal: Afluente do Rio Ribeira de Iguape, oferece corredeiras e cachoeiras;
-Rio São Pedro: Afluente do Rio Ribeira do Iguape;
-Rio Xiririca: Afluente do Rio Ribeira de Iguape, oferece corredeiras, nele encontra-se asruínas da antiga hidrelétrica;
-Rio Pilões: Afluente do Rio Ribeira do Iguape;
-Rio Primeira Ilha: Afluente do Rio Ribeira do Iguape, oferece cachoeiras;
-Rio Taquaral: Rio com cachoeiras que descem a serra em direçãoao vale do rio Paranapanema. Localização : Parque Carlos Botelho

Qualidade das Águas Superficiais Interiores: No caso do Rio Ribeira, as medições são feitas bimestralmente, e o IQA flutuou entre as classificações Aceitável e Boa, no último ano analisado. Tabela 1
Geomorfologia: Planalto Ocidental inclui os planaltos das regiões de Marília, Catanduva e Monte Alto.
O Vale do Ribeira entalhado por um processo contínuo de dissecação comandada pelo sistema hidrográfico de seu principal rio e de seus afluentes em rochas cristalinas, produziu um amplo anfiteatro erosivo - composto por extensas áreas serranas, profundamente entalhado em forma de vales encaixados, escarpas abruptas e festonadas - conectado com uma sequência de planícies sedimentares, localizadas próximo à beira mar. Este amplo anfiteatro dissecado fez recuar as escarpas contínuas da Serra do Mar até algumas dezenas de quilômetros do litoral; ao mesmo tempo que fornecia os sedimentos depositados em largas planícies aluviais que se abrem a partir de alvéolos no sopé das vertentes da serra.
Entre as altitudes de 600 m e 1.000 m, do Planalto Atlântico, são encontradas pequenas porções de 4 zonas geomorfológicas: Planalto Paulistano, Planalto de Ibiuna, Planalto de Guapiara e Planalto do Alto Turvo.
As rochas calcárias do Alto Ribeira localizadas no Planalto de Lageado na margem esquerda do Rio Ribeira, região de Iporanga e Planalto de Tapagem na margem direita do Rio Ribeira, são responsáveis pela maior Província Espeleológica do Sudeste do país, compostas por cavernas e grutas, como de abismos e outras feições cársticas de destaque. As maiores concentrações destas cavidades são encontradas nos municípios de Iporanga e Apiaí, sendo registradas também em Eldorado e Barra do Turvo.

Província Costeira - mais expressiva em área - é a área do Estado drenada diretamente para o mar, constituindo o rebordo do Planalto Atlântico. Possui uma enorme complexidade de formas de relevo e na região serrana forma escarpas abruptas e festonadas, desenvolvidas ao longo de anfiteatros sucessivos, separados por espigões. Para formar o desnível que chega a atingir em média 800 m, a faixa da escarpa apresenta larguras variáveis entre 3 a 5 Km. Esta província é composta por 3 zonas: Serrania Costeira, Morraria Costeira e as Baixadas Litorâneas.

Formação Geológica: Imagem 2

 1-Geologia
-Rochas metamórficas pré-cambrianas caracterizadas, em geral, pelo comportamento mais resistente (duras e coerentes) e principalmente pela presença de estruturas orientadas, tanto xistosas como migmatíticas e gnaissicas. Fazem parte deste grupo também, as rochas cataclásticas antigas e mais jovens (Paleozóicas), geradas por esforços de cizalhamentos em zonas de falhamentos. Todas estas rochas são dominantes na bacia, sendo encontradas principalmente nas áreas mais acidentadas.
-Rochas magmáticas representadas por corpos intrusivos graníticos, básicos e alcalinos. Estas últimas, em geral, possuem um melhor comportamento geomecânico, por serem mais homogêneas, maciças e isotrópicas (devido à presença de minerais sem orientações preferenciais), além de apresentarem altas resistências mecânicas e forte coesão dos constituintes minerais.
-Rochas brandas e aos sedimentos inconsolidados, representados pelas coberturas sedimentares cenozóicas, encontrados nas porções de relevos suavizados e planos, principalmente na Baixada Litorânea.

Zona: Serranias Costerias.
Subzona: Serra de Paranapiacaba
Imagem 2
2.2-Relevo:
Serra do Votupoca : Vulcão extinto.Localização: SP-165(Estrada Eldorado-Sete Barras mais trilha na mata.
Pico da Serra do André Lopes: Ponto culminante do Município com 1019 m de altitude.
Serra do Mar e da Paranapiacaba: Formação montanhosa tombada pelo CONDEPHAAT em 1985.

2.3-Localização da Estância Turística de Eldorado em São Paulo: Imagem 3 e 4
-Pontos:24° 31' 12" S        48° 06' 28" O
-Municípios Limítrofes: Norte: Capão Bonito;
Noroeste: Ribeirão Grande;
Oeste:Iporanga;
Leste:Registro;
Nordeste:Sete Barras;
Sudeste: Cajati;

2.4-Distância até a capital: 140 km.
2.5-Rodovias: SP-165 e SP-193
2.6-Altitude: 62m
2.7- Área total: 1.660,3 km2
Imagem 3 e Imagem 4
3-Pedologia:

Podzólico Bruno-Acinzentado Eutrófico
Ocorrem em porções relativamente pequenas em áreas de relevo ondulado do
Município de Apiaí.
Latossolo Vermelho-Amarelo
São solos minerais, não hidromórficos com horizonte B do tipo latossólico,
porém, com cores mais amareladas e presença de teores de Fe2O3 mais baixos
que os Latossolos Vermelho-Escuro.
Cambissolos (Ca)
Constituem os solos minerais com horizonte B câmbico ou incipiente, não
hidromórficos, com pouca diferenciação de textura entre o horizonte A para o B.
Podzólico Vermelho-Amarelo (PVd)
São solos com profundidade variável, encontrados normalmente, em áreas de
relevo ondulado e forte ondulado ou montanhoso. Ao contrário dos latossolos,
apresentam na maior parte dos casos, acentuada diferenciação de horizontes,
destacando-se o horizonte B textural enriquecido de argila iluviada do horizonte
A. Diferenciam-se por dois atributos: os distróficos devido à saturação de bases
inferior a 50% e os eutróficos por apresentarem saturação por bases iguais ou
superior a 50%.
Terra Bruna Estruturada Distrófica (TBd)
São solos minerais, não hidromórficos, argilosos, com horizonte B textural e
argila de atividade baixa, além de bem drenados e profundos. A fertilidade
natural baixa é o fator limitante à utilização agrícola destes solos.
Latossolo Variação Una Distrófico ou Álico (Lud)
É a classe de solos com horizonte B latossólico de coloração vermelhoamarelada
e alto a moderado teor de óxidos de ferro. Na região são
encontrados em áreas identificadas geologicamente como pertencentes aos
domos alcalinos de Cajati (Jacupiranga), Morro do Serrote (Registro) e
Complexo Gábrico de Apiaí. São solos de fertilidade média, sendo na sua
maioria, classificados como distróficos (ou com saturação por bases inferior a
50%). Na área de estudo constitui o tipo Lud.
Latossolo Vermelho-Amarelo Álico (LVa)
São solos de coloração vermelho amarelada, com baixos teores de óxidos de
ferro (menos de 8%). A maior parte desses latossolos são intermediários para
cambissolos, sendo por isso classificados como Latossolo Vermelho Amarelo
Câmbico, pouco profundo. Ocorrem, principalmente, em antigas superfícies
dissecadas de altos planaltos, em relevo ondulado ou forte ondulado.
Latossolo Amarelo Álico (LAa)
Os solos desta classe são caracterizados pela presença de horizonte A
moderado, com transição gradual para horizonte B latossólico de coloração
amarelada e a presença de muitos baixos teores de óxidos de ferro (menos de
6%). Compreendem solos minerais geralmente ácidos, pobres em nutrientes,
bem atentadamente drenados e com intemperismo.


4- Vegetação: Nesta área possui uma enorme variedade de formações florestais naturais, entre as quais destacam-se a Mata Nativa, a Mata de Restinga, o Mangue, a Mata Paludosa e Vegetação de Várzea. De acordo com o Artigo 3° do Decreto Federal N.º 750, de 10 de Fevereiro de 1993, estas formações vegetais pertencem ao domínio da Mata Atlântica, constituindo a vegetação nativa da região. São identificadas pelas
suas características fisionômicas e florísticas, apresentando um certo grau de relacionamento entre os diferentes tipos. A Mata Natural ou Nativa (Floresta Ombrófila Densa) constitui uma vegetação muito densa com dossel contínuo, exuberante, interrompida por eventuais irregularidade em função da topografia associada a clareiras, presença de cortes seletivos ou pequenas áreas de cobertura vegetal variável. Esta formação Atlântica estende-se em fundos de vale (Vegetação de Várzea), encostas e topos, comumente de origem secundária com fraca interferência
antrópica. A Mata de Restinga, a Mata Paludosa e os Manguezais são encontrados nos
terrenos planos e baixos da região lagunar.
Todas essas variações fitofisiônomicas elencadas, incluindo desde as formas sucessionais até a mata íntegra, em vista da enorme diversidade de espécies, possuem um grande potencial extrativo. Como exemplo deste potencial temos o palmito, as madeiras nobres, madeiras de lenha, a caixeta, as plantas aromáticas, medicinais, ornamentais, frutíferas, produtoras de óleos, gomíferas, fibrosas e outras.
 Produtos de Extrativismo e suas principais fontes potenciais na             cobertura vegetal. Tabela 2
Tabela 2. Fonte: Aptidão Agrícola das Terras/Potencial Extrativo - Macrozoneamento do Vale do  Ribeira,SMA/1996


4- Áreas de Preservação: O Alto Vale do Ribeira foi pouco atingido pela expansão econômica, sendo portanto uma das áreas naturais mais preservadas do Estado. Ali se concentram mais de 250 (duzentas e cinqüenta) cavernas com sua fauna e flora características.Reservas:
-Parque Estadual do Jacupiranga/ PEJ
-Parque Carlos Botelho
-Parque Estadual de Intervales
-Área de Proteção Ambiental da Serra do Mar
-Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira/PETAR
 

4.1-Biodiversidade:

A Corallus cropanii é uma serpente encontrada em pequena porção de Mata
Atlântica no litoral sul e a cascavel (Crotalus durissus), tem aparecido mais com
os desmatamentos no Vale do Ribeira (Marques et al., 1998).
Os liquens da região de Apiaí foram estudados, sendo que os gêneros
Cladonia e Usnea estão muito bem representados (Marcelli, 1999).
Vários escorpiões, principalmente espécies do gênero Bothriurus, foram
encontrados nas cavernas de Apiaí. O gênero Ananteris e Tityus costatus
ocorrem em Juquitiba.
Uma espécie de opilião (Pachylospeleus strinati), ameaçada de extinção, foi registrada em três cavernas de Iporanga (Pinto de Rocha, 1999).Em Tapiraí ocorrem 28 (vinte e oito) famílias e 115 (cento e quinze) espécies de aranhas.
A mosca Drosophila senei (Vilela, 1983) foi registrada apenas na localidade de Ibiúna sobre frutos de maracujá em decomposição. D. eleonora foi coletada por numerosas vezes em cavernas de Iporanga (Tosi et al., 1990) e D. impudica na vegetação costeira do litoral sul.
12 (doze) famílias e 54 (cincoenta e quatro) espécies de peixes de água-doce foram catalogados na Bacia do Ribeira de Iguape, número este considerado subestimado pelos especialistas (Castro & Menezes, 1999).

CAIXETAL – O caixetal ocorre ao longo dos rios e lagoas de água doce da planície costeira. São áreas com vegetação permanentemente inundada onde há o predomínio da caixeta, que serve de viveiro para diversas espécies de peixes endêmicos, patos, marrecos migratórios, saracuras, garças, socós, jacarés, cágados e mamíferos como os mãos-peladas e as capivaras (Secretaria do Meio Ambiente, 1998).
FLORESTA PERIODICAMENTE INUNDADA – Nas Regiões onde o solo fica inundado de outubro a março, ocorre o Guanandizal, onde predominam árvores como o guanandi com altura entre 15 e 20 metros. No sub-bosque predominam a vapurunga, o araticum e o palmito. O solo da floresta é coberto por bromélias de diversas espécies. Peixes e anfíbios vivem nestas áreas na época das cheias. Já existem também 143 (cento e quarenta e três) espécies de aves catalogadas vivendo nesse tipo de vegetação.
RESTINGA – Próximo à praia, a restinga possui arbustos com até 2 metros de altura como o jacarandazinho e a aroeira-da-praia, esta muito visitada por aves que procuram alimentação. Após essa restinga baixa, seguindo-se em direção ao interior do continente, tem-se a restinga com árvores de até 5 metros de altura onde predomina o araçá. Ainda mais para o interior, a restinga atinge alturas de até 15 metros com o predomínio do jerivá e do palmito. Uma característica marcante da restinga é a variedade de bromélias, distinguindo-se entre elas o caraguatá. A restinga é rica em animais silvestres, podendo-se citar entre as aves, a saíra-marrom e o sangue-de-boi e ainda pequenos mamíferos como o rato-de-espinho. Entre as aves, apenas 15 espécies já estão catalogadas.
FLORESTA DE PLANÍCIE LITORÂNEA – Localizada em altitudes que variam entre 15 e 50 metros acima do nível do mar, são formações vegetais densas com árvores de até 30 metros de altura, grande quantidade de epífitas e sub-bosque denso e diversificado.
As principais árvores são a figueira e o guapuruvu. O sub-bosque possui ainda várias espécies de helicônicos e a erva-de-anta. Abriga também muitos animais endêmicos. Entre as aves podemos citar o chocó e o jaó-do-litoral e outros animais primatas ameaçados de extinção como o mico-leão-da-cara-preta. Neste tipo de floresta estão cadastradas 66 (sessenta e seis) espécies de aves.
FLORESTA DE ENCOSTA DA SERRA DO MAR - Floresta Ombrofila densa localizada entre 50 e 900 metros de altitude, com árvores de até 30 metros de altura. Nela ocorrem a virola, o jequitibá, o cedro, a maçaramduba e a pioneira. Esta floresta possui mais dois estratos-arbóreos com árvores entre 5 e 10 metros e entre 15 e 20 metros de altura onde predominam epífitas, bromélias, orquídeas, cactos e antúrios.

Imagem 5. Foto tirada por: Caroline Brito Vilela, 21/05/11
5-Hidrometereologia:
Na classificação dos tipos climáticos, feita com base no sistema de Köppen, temos o tipo Af, tropical úmido sem estação seca que cobre 5 % da bacia; o tipo Cfa, subtropical úmido com verão quente, que por sua vez, cobre 50 % da bacia, ao passo que os restantes 45 % são do tipo Cfb, subtropical úmido com verão fresco. Este último abrange as encostas das serras.

5.1-Pluviosidade e Clima:


Eldorado                 


Latitude: 24g 18m      Longitude: 48g3m      Altitude:   80 metros
Classificação Climática de Koeppen:  Am
MÊS
TEMPERATURA DO AR (C)
CHUVA (mm)
mínima média
máxima média
média
JAN
21.2
33.5
27.3
244.3
FEV
21.5
33.8
27.6
229.0
MAR
20.6
33.0
26.8
186.9
ABR
17.7
30.6
24.1
92.1
MAI
15.0
28.0
21.5
83.9
JUN
13.4
26.6
20.0
72.8
JUL
12.6
26.8
19.7
69.3
AGO
14.0
28.8
21.4
53.4
SET
15.9
29.0
22.5
97.2
OUT
17.4
30.4
23.9
123.2
NOV
18.7
32.0
25.3
108.5
DEZ
20.4
32.3
26.3
160.9
Ano
17.4
30.4
23.9
1521.5
Min
12.6
26.6
19.7
53.4
Max
21.5
33.8
27.6
244.3


5.1- Pluviosidade: A faixa costeira abrange regiões distintas: litoral de São Sebastião, de Santos, de Iguape, bem como a região do Alto Ribeira, com a distribuição de chuvas influenciada pelos ventos marítimos saturados de umidade, que vencem a ascensão orográfica da serra, a qual especialmente na parte norte, se aproxima bastante do mar. Nas zonas do Alto Ribeira e no litoral, uma distribuição anual de chuvas muito mais regular durante o ano do que a predominante no estado. Na parte Sul do litoral, desde a Serra de Itatinsaté a fronteira do Paraná (Vale do Ribeira), a variação da distribuição regional de chuva é semelhanteaquela do interior do estado. Assim, nesta pequena área, ao lado de regimes extremamente chuvosos, quesuperam a 3.000mm.
Gráfico 1.Pluviosidade média anual obtidas com uma série de 30 anos – 1970 a 1996.
5.2- Clima: Na região Sudeste, mais especificamente no Estado de São Paulo, o que se registra é um padrão climatológico bastante diversificado em função da topografia bastante acidentada, além da circulação atmosférica também perturbada, condicionando uma dinâmica climatológica própria, que se manifesta através da variabilidade térmica, pluviométrica, hídrica e eólica, na perspectiva sazonal. Nesta perspectiva da divisão das unidades climáticas apresentadas por Strahler, verifica-se que Eldorado, pertence ao clima subtropical úmido, com o predomínio da Massa Tropical e Polar atlânticas.
No âmbito da região de estudo, mais especificamente a bacia do rio Ribeira de Iguape, paulista tem suaunidade rítmica climática caracterizada pela grande freqüência de penetração de massas polares epassagens frontais, inclusive no verão.
MONTEIRO (1973), levando em consideração a dinâmica dos sistemas atmosféricos classifica o clima dessaárea geográfica como sendo clima meridional permanentemente úmido, onde a atuação de massas polaresé mais representativa do que a ação das massas tropicais.

5.3-Temperatura média anual: Considerando os dados normais climatológicos disponibilizados pelo INMET (1992) no mês de julho (períodode inverno), verifica-se que as temperaturas médias normais oscilantes variam entre 13 e 20 °C em todo o
Estado de São Paulo, com registro de temperaturas mais elevadas na sua porção centro-norte (entre 17 e19°C), enquanto que na sua porção geográfica centro-sudoeste (próximo ao Estado do Paraná), centrosudestee centro nordeste, os registros térmicos médios para esse mesmo período não superam os 16°C. Imagem 6 e 7

5.4- Períodos sazonais estabelecidos:

5.4.1-Período de verão:Janeiro, fevereiro e março.

5.4.2-Período de outono:Abril, maio e junho

5.4.3-Período de inverno:Julho, agosto e setembro.

5.4.4-Período de primavera: Outubro, novembro e dezembro.

Imagem 6.Região: Área em Vermelho .Temperaturas (°C) médias predominantes no mês de julho no Estado de São Paulo. Fonte: INMET, 1992.
Imagem 7.Região: Área em Vermelho. Temperaturas (°C) médias predominantes no mês de Dezembro no Estado de São Paulo. Fonte: INMET, 1992.
5.5-Variação espacial da umidade relativa do ar no estado de São Paulo: Imagem  8 e 9
A umidade relativa do ar, em linhas gerais, indica a existência de vapor d’água na atmosfera no que dizrespeito ao grau de saturação do ar, informando o quão próximo ele está da saturação e condensação.
Os padrões de distribuição média da umidade relativa no Estado de São Paulo no mês de julho(pertencente ao período de inverno) destacando-se nesta faixa aporção territorial da área de estudo uma média em torno dos 82%.

Imagem 8.Região: Área em Vermelho. Valores de Umidade Relativa do ar (%) registrados no mês de julho


Imagem 9. Região: Área em Vermelho. Valores de Umidade Relativa do ar (%) registrados no mês de dezembro no estado de São Paulo, Fonte: INMET, 1992.

5.6-Variação espacial do vento: Imagem 10
A bacia do rio Ribeira de Iguape participa inteiramente das condições meteorológicas peculiares do Sul do Brasil, sofrendo com freqüência a ação das massas de ar e das perturbações frontais que assolam a costa brasileira, ao sul da Bahia.